sábado, 28 de fevereiro de 2009

Férias

Foram 91 dias. Três meses. Óbvio que em muitos não fiz nada além das necessidades fisiológicas. E, embora tenha feito (aparentemente) tudo o que eu realmente quis, tenho a sensação de que alguns dias mais não me faria mal. Caberiam alguns abraços, algumas (muitas) risadas, algumas (pouquíssimas) conversas úteis. Numa espécie de quebra-cabeça, onde sempre falta a tal bendita peça para o fecharmos, sempre aquela quina exigindo desesperadamente o componente único a ela. Vou ameaçar o calendário, chantagear a Cronos; usar de algum artifício para esticar o que resta das minhas férias. Ou ao menos congelar o tempo em ocasiões promissoras.
Coisas boas me aconteceram nessas férias, admito. Tenho que parar com esse meu egoísmo frenético que me faz querer os bem quistos por perto. Esqueço eu a força desses laços de amor, perpétuos como as linhas de Nazca, atemporais como as artes, incansáveis como os vírus. Invariavelmente, caio num daqueles clichês água com açúcar. Amigos por perto. Cada qual com seu requinte de personalidade, de convívio absurdo, de asneiras mitológicas.
Sempre fui emotivo. Mas não tendendo ao descontrole, que é como agem os vazios de razão.
Vou mirar meu arco-íris, sabendo que vocês estarão no encerrar da outra ponta.
Coincidentemente ou não, essa é a 100ª postagem do blog. Que venha mais outra(s) centena(s). Afinal, público melhor não há pra ler nossos desabafos mais interiores.
Amo vocês, em stop motion.