domingo, 26 de abril de 2009

Una cosa que me molesta

Me tornei epicurista, ao menos aos finais de semana. Afinal, embora o corpo insista em informar-me de seu eterno cansaço, a noite (diferenciada do dia somente pelo escuro, viste a atmosfera "ligeiramente" abafada, sustentada 24 horas por dia) permite que eu escolha, dentre os infinitos zigue-zagues de informações, uma. E, como todo indivíduo, munido do know-how para o tal, escolho a que mais me toca. Simples raciocínio: sei que a minha percepção sensível é inata, assim como em todos os outros. Mas, vou além. Mantendo essa percepção, a persistência retida traz consigo algo incomparável, a impressão sensível na alma. E, como disse certa vez um grego metido a besta de nome Sócrates, da sensação vem aquilo a que chamamos lembrança. E, indubitavelmente, do coletivo de todas essas a que mais fundamenta tudo o que foi escrito antes, são vocês, AMIGOS. E nem preciso salientar o quanto, tanto já foi dito e ouvido. Muito menos mencionar a tal da saudade, ainda incompreensível à minha (limitada) reflexão. Coberto de carvão ou semelhante que o valha, me vejo como um mineiro, de lanterna na cabeça e picareta na mão, procurando lapidar das grossas paredes da amizade, tesouros inestimáveis os quais guardarei na minha bolsa das lembranças. Preciosos, é isso que vocês são. Espero, pacientemente, que tudo esteja ó-cá por aí. E, porra, como eu queria compartilhar una cerveza com meus colegas mineiros.