terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Bon soir!

A primeira postagem do blog! Escrita individualmente, mas, com idéias presentes em todos os corações... Nada de apresentações! Conheçam-nos à medida que nos mostramos.

DóGui

VALORES

Domingos são sempre ociosos. Na maioria das vezes são carregados de tardes lentas, que se arrastam com sofrimento, que nadam e morrem para renascerem novamente num outro dia. É um dia em que o peso da semana é descarregado e os ombros se preparam para mais um cansativo caminho de acontecimentos, alguns inusitados, outros não, mas que sempre nos coloca à frente dos olhos lições que elevam nosso moral, que nos torna mais fortes e mais sensíveis ao mesmo tempo, por mais que um não seja antônimo do outro.
A música que toca, o cigarro que queima estalando, as lembranças e as dores, enfim, o ciclo de dias que nos carrega, nos ensina mais que qualquer escola, qualquer professor; É preciso saber aturar os amores, as inconstâncias, saber relevar o que se deve relevar e ressaltar o que se deve ressaltar, saber enterrar e o que não se deve nunca enterrar; é preciso pensar em cada palavra, cada frase, sentir o que essas frases passam, o que elas querem dizer: é preciso saber o que se quer dizer, em primeiro lugar; o mundo está repleto de pseudo-intelectuais, de falsos-sábios, de pessoas que dizem ser e não são, que não sabem nem o que querem ser. Patifes que se sobressaem a pessoas influenciáveis; pessoas fúteis, burguesas. Sim, o mundo está repleto delas. Por isso discute-se o tema “valores”.
Tem sido cada vez mais comum ouvir sobre pessoas que mudaram de estilo, de conceitos, princípios e principalmente de opinião; que antes criticavam e hoje endeusam, e vice-versa. Acontece que o pseudo-intelectualismo, muitas vezes, provoca curiosidade, interesse, fazendo com que o “intelectualóide” realmente queira saber sobre o que está falando, ocasionando, aí, a mudança de opinião. Mas, o que fazer? Como interagir com essas pessoas? Deve-se aturar? As respostas são: ria, ironicamente, sim e não, respectivamente. Ria, pois o “intelectual” vai adorar ver que as piadas e os comentários “sábios” estão fazendo efeito, mas, o importante é que você saiba que está rindo dele, e não para ele. Aja ironicamente, pois, quanto mais corda você der, mais ele fala, e, quanto mais ele fala, mais você, ri. É uma terapia, definitivamente. Agora, quanto a aturar, ature enquanto ele te divertir, e nada mais. Pessoas assim são facilmente descartáveis com frases feitas do tipo: “A conversa está ótima, mas preciso terminar minha tese” ou então “Perdoe-me, mas não consigo absorver tanto intelecto de uma só vez”. Funciona e é absurdamente irônico, o único problema é segurar a risada.
Quanto aos valores, atenham-se aos seus. Não abandone-os nunca: uma pessoa que se liberta de seus valores é uma pessoa sem essência. Ainda que o ser humano seja mutável, é preciso que a honra, a coragem e os princípios se mantenham intactos, independente do governo ser de direita ou de esquerda, opressor ou excessivamente liberal, é preciso se manter firme. Uma ave deve voar mesmo quando o céu está cheio de abutres, pois “o segredo da felicidade está na liberdade, e o segredo da liberdade está na coragem”. Lutem, morram e renasçam eternamente para o mundo.