Mais do que antes e, incertamente, talvez menos do que no futuro, há silêncio. Um silêncio perturbador, rompedor de artérias e tímpanos, destruídor de pisos e telhados, capaz de reduzir uma alma à sua mísera condição de existência. De repente, não havia mais. Não era a morte, nem a vida em si, nem mesmo um júbilo ou uma praga. Era apenas o silêncio de milhares de vozes no pensamento de duas pessoas que se entendiam mutuamente, mudamente, mas que, por pecado do destino, não sabiam. Por mais que orassem os outros, havia de terminar assim. Por mais que houvesse os que torceram contra, independe deles. Cabe apenas aos dois decidir o que será feito.
Só gostaria que se esclarecesse, enfim, que um não aguentou mais tanta cobrança e crítica. O que antes era eterno, resumiu-se em uma atuação de duas personagens contratuais e limitadas por termos e condições, sendo fora de cogitação qualquer forma de naturalidade. Esse foi o pior e maior erro cometido: não houve naturalidade, contrariou-se qualquer forma de naturalidade, pois não haveria aceitação. Talvez houvesse, mas o medo sempre foi maior.
Poderia ter sido diferente, não fosse a terrível participação de gerações anteriores a quem ela tanto quis dever satisfações e ouvir palpites que, ocasionalmente, envenenaram as veias da relação, mesmo sem querer. Mas fizeram certo e ficaram do lado dela, o que talvez conte um ponto a favor. Mas devem ser menos rudes em relação a atitudes, decisões e mentalidade. Talvez esse recado nunca chegue aos olhos da pessoa a quem é destinado, mas é necessário falar: às vezes, pessoas reagem diferente de outras, e cobrá-las de uma reação igual é colocá-las diante de um problema maior - ser quem elas não são -, e a perda da identidade é fatal. Essa pessoa, na intenção de tornar a geração posterior mais forte às quedas da vida, agiu com essa mentalidade fascista e, com o perdão do termo, só cagou tudo.
Enfim, é um bom tema para uma futura peça de teatro: Como as mentes fechadas podem tornar efêmero algo destinado à eternidade...
Desculpem se falei bosta...
Um cheiro,
Gui.
Só gostaria que se esclarecesse, enfim, que um não aguentou mais tanta cobrança e crítica. O que antes era eterno, resumiu-se em uma atuação de duas personagens contratuais e limitadas por termos e condições, sendo fora de cogitação qualquer forma de naturalidade. Esse foi o pior e maior erro cometido: não houve naturalidade, contrariou-se qualquer forma de naturalidade, pois não haveria aceitação. Talvez houvesse, mas o medo sempre foi maior.
Poderia ter sido diferente, não fosse a terrível participação de gerações anteriores a quem ela tanto quis dever satisfações e ouvir palpites que, ocasionalmente, envenenaram as veias da relação, mesmo sem querer. Mas fizeram certo e ficaram do lado dela, o que talvez conte um ponto a favor. Mas devem ser menos rudes em relação a atitudes, decisões e mentalidade. Talvez esse recado nunca chegue aos olhos da pessoa a quem é destinado, mas é necessário falar: às vezes, pessoas reagem diferente de outras, e cobrá-las de uma reação igual é colocá-las diante de um problema maior - ser quem elas não são -, e a perda da identidade é fatal. Essa pessoa, na intenção de tornar a geração posterior mais forte às quedas da vida, agiu com essa mentalidade fascista e, com o perdão do termo, só cagou tudo.
Enfim, é um bom tema para uma futura peça de teatro: Como as mentes fechadas podem tornar efêmero algo destinado à eternidade...
Desculpem se falei bosta...
Um cheiro,
Gui.
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