Queria poder retornar aquela cena
No intuito de escrever o tal poema,
Cuspir palavras, à tinta e pena.
Porque como disse o mestre
Tudo vale a pena quando a alma não é pequena!
Letra após letra, um tremendo cuspidouro
Revelando fracos versos, permeando um tesouro
A ímpia vocabulária deglutindo pensamentos
O calor daqueles atos sobressai aos sofrimentos.
O resultado é esperado
Tamanho é o enfado
De notar sua ausência
E sentir a sua essência
[ apenas na ponta da pena nesse destrambelhado poema]
Lasciate ognia esperanza
O verde morreu, deu cor à aurora...
Mas não a aurora conhecida, não aquela profusão de gases belos
Escala de cinza caberia melhor! Na palheta de cores o ser humano escolheu a mais sem graça! Preferia o leiteiro!
Chega dessa conivência
Infrinja esse espírito de porco
Cobre eficiência daqueles a quem deu voz
Justifique o seu voto, quiçá com um ato atroz!
Chega de sombra, chega de estupidismo
Cansamos da desumanidade desse congresso sem sentido
Matemo-los antes quem nos matem
Com suas falsas promessas e com sua pizza infinda
Num abarrotar populista, restou-nos a berlinda.
Espero não confundir muito a cabeça de quem o leu, mas coloquei alguns elementos de vários autores e suas respectivas obras, como a citação do leiteiro, a inscrição da entrada do inferno da "Divina Comédia" etc.
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