terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Vício

Admito. Só assim já me parece ser justo. Até pelo fato de você ter me pressionado. Cansei de negar, era inevitável que você, no joguinho de culpa-sensualidade acabaria por me convencer. Oks, é você. Agora pára de me provocar, se afasta definitivamente. Para que a minha vida também possa experimentar sensações esquecidas e quem sabe evitar a talvez inadiável dor da ferida romântica, complacente se analisada a taxa de toxina que inoculou em mim. Anticorpos, definitivamente é disso que eu preciso. E em larga escala tamanha é a dormência de sinapse que me causou. Uma droga asfixiante, em contrapartida inebriante. O seu vício será o meu fim.