Nem eu entendo tamanha correria... Pra quê tanta pressa no vaivém das pessoas? Pressa no atravessar o sinal, pressa no número um, dois ou quiçá o três (aquele mesmo). Nada é feito naquela antes conhecida e apreciada calma. Taí, o que falta às pessoas do globo terrestre. Não é à toa a enxurrada de produtos, serviços e costumes made in china. Eletrodomésticos comandam nosso dia-a-dia, escravizam-nos nos seus deliciosos e cintilantes botões de borracha, nos seus chips poderosos, na sua capacidade de adivinhar os nossos mais íntimos desejos (ou fazer-nos crer que é exatamente isso que precisamos).
Entopem nossas prateleiras, emburrecem a gente de tal forma que cá estou eu, na frente de um dos mais conhecidos escravos da sociedade atual: o computador.
Perdemos a fascinante utopia do carpe diem, da alegria de viver. De poder olhar pro lado e ficar surpreso por estar no comando, por ter músculos e vontades próprias para realizar nossos movimentos a bel-prazer. De levantarmos do sofá na certeza que viveremos mais um dia daquela aventura ímpar: nossa vida.
Mas estamos adiando nossos ensejos, prendemos nossas asas no conflitante trabalho e consumo... O mundo mudou e a calma virou stress.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
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