Blog quase abandonado... Se esse for o fim, que tenha ao menos algo sincero como postagem.
Escrevi agora:
Como pegadas abertas na neve
teus beijos me rasgaram a carne
em milhares de cortes, consumidos
de uma única vez.
Um único ruído, um baque,
um grito de socorro que emitiu meu nome
e depois o completo silêncio,
o sereno sono teu
e a nossa libertação do medo.
Fomos, juntos, o desacato,
o desrespeito e os maus modos;
Fomos a proibição, o pecado,
e fomos além.
Livres da carne somos não mais do que luz,
um soluço, um momento de êxtase,
um espasmo, um tremor, uma contração,
e então somos novamente humanos, corpóreos.
Na falta de ar, tossimos nossos gritos ensurdecedores,
na nossa loucura, nos perdemos em inocência,
no nosso tempo, nos demoramos e,
na nossa longa espera de reencontro, nos sonhamos,
nos reduzimos à espera e vivemos nela,
quase morremos nela.
No nosso amor, nos consumimos em fogo,
em chamas de corpos incandescentes,
em brasa e marcas de unhas e dentes e gostos.
Tudo o que fazemos em vida é morrer,
seja de beber, de amar, de fazer o que quer que seja.
Na vida morremos para na morte renascermos
eternamente.
Abraço sincero do Gui!
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Assinar:
Comment Feed (RSS)
|